Numa sociedade caracterizada pelas constantes alterações a nível sociocultural, uma das mudanças mais visíveis prende-se com o galopante aumento da taxa de divórcios, que deixou de ser um acontecimento raro, possuidor duma carga social muito negativa, e tornou-se num facto comum e aceite nos nossos dias, existindo vários estudos que apontam para que, dos casamentos que ocorrem actualmente, perto de 50% resultarão em divórcio.
As explicações para este fenómeno são várias, podendo passar por um menor peso da Igreja e dos seus valores na sociedade actual, o desejo de felicidade e realização pessoal sobreposto ao respeito pelas tradicionais regras sociais, um regime imediatista de todo o tipo de consumo, entre outras causas. Mais do que analisar as inúmeras razões que motivam um casal para a tomada de decisão de viverem separados, é importante reflectir que, com frequência, quem mais sofre com todo o processo é quem não tem qualquer responsabilidade por ele: os filhos.
Este é inevitavelmente um momento difícil para uma criança, provavelmente até mesmo o mais difícil pelo qual terá de passar na sua infância. Porém, os pais têm um papel fundamental no processo de adaptação à nova realidade e na forma como elabora a sua perda. Não poderão evitar que a criança sofra, mas poderão minimizar esse sofrimento.
A separação
Para potenciar esse processo de acompanhamento e ajuda a uma criança na fase do divórcio, é necessário encará-lo como um acontecimento duradouro, como algo que surge de um casamento infeliz, que requer a separação física, e se prolonga pelo resto da vida, sendo necessário adoptar uma diferente organização e dinâmica familiar. Este é um processo muitas vezes longo, que envolve uma complexa cadeia de acontecimentos que se repercutem por muitos anos.
Um divórcio altera todo o conceito de família que a criança possuía, obrigando-a a confrontar-se com a inevitável saída de um dos progenitores de casa e, na generalidade das crianças, com a perda do contacto diário com o mesmo. Este é sempre um acontecimento doloroso para uma criança, que a marcará. O modo como um filho vivência esse período, bem como os sentimentos com que é confrontada, variam de criança para criança, consoante a sua personalidade, a dos pais, o seu género, a sua e idade e maturidade, entre vários outros factores.
A panóplia de sentimentos que a criança poderá sentir é enorme, sendo muito frequente sentir angústia, medo de perda, de abandono, culpa, raiva, negação, tristeza e ansiedade. Quando um progenitor abandona o parceiro, é comum a criança também se sentir abandonada, e com medo de perder a ligação com o elemento que sai de casa. A frequente batalha por parte das crianças para que os pais não se separem (realidade que a criança procura evitar a todo o custo) suscita sentimentos de impotência, bem como a apreensão de que a sua opinião, os seus desejos não são significativos, e que não é capaz de controlar algo tão importante para a sua vida.
Pré-divórcio
As crianças percepcionam muito mais do que podemos imaginar e, dependendo da sua idade, é comum que sintam quando o casamento dos pais está em crise. Apesar dessa percepção, é natural que possuam receio em fazer questões, provavelmente com medo do que possam ouvir. Não obstante esse silêncio, desde o momento em que os pais tomam a decisão irreversível de se divorciarem, é importante prepararem os seus filhos para o que se suceder. Desta forma os pais, em conjunto e, de forma sensata e calma, devem explicar aos filhos as alterações que irão ocorrer. O facto de estarem todos juntos permite à criança encarar esta situação como uma decisão mútua, acordada por ambos os pais, de forma madura e racional.
Com o cuidado de adequar a linguagem à idade e maturidade do filho, é importante explicar de forma clara toda a situação. Na maioria destas, as crianças não necessitam de relatos muito elaborados. Basta explicitar de forma simples o que é um divórcio, as mudanças que ocorrerão na vida dos pais e na dos filhos, em traços gerais, as razões do divórcio (evitando pormenores ligados a questões sexuais ou actos de infidelidade, caso estes ocorram). Aos filhos, poderá ser difícil compreender e aceitar essa nova realidade. Cabe aos pais, sempre que necessário, e com a devida paciência, voltar a repetir o anteriormente explicado, por outras palavras, as vezes que a criança sentir necessidade. Ela saberá transmitir quando tiver assimilado a nova informação, provavelmente elaborando uma nova questão.
É natural o surgimento de sentimentos de culpa, por parte das crianças, por se percepcionarem causadoras da separação dos progenitores. Aos pais, cabe explicar aos filhos que estes não são culpados da situação, antes pelo contrário, as crianças são o melhor que o casamento lhes trouxe. Importa esclarecer que já existiu amor entre os pais, tal deixou de se verificar, mas o amor pelos filhos irá manter-se para sempre, tal é impossível de mudar. Desta forma, além de estarmos a ajudar a criança a lidar com os sentimentos de culpa, estaremos a validar e a combater o medo de perder o amor dos seus pais, em especial o de quem sai de casa.
Ao se deparar com a notícia, o filho poderá ter dificuldades em aceitá-la como algo definitivo. É conveniente que os pais manifestem a firmeza e a irreversibilidade da decisão e, quando já planeada, informá-la da data concreta de saída de casa do pai/mãe. Mais uma vez, manifestem ao filho que não está no poder dela impedir essa separação, nem depende de si o reatamento da relação, é uma decisão dos pais, pela qual ele não é minimamente responsável.
É comum o casal procurar esconder os seus sentimentos, não só nesta, mas na maioria das situações penosas por que passam. Esse comportamento é legítimo e compreensível, pois parte do desejo de querer poupar às crianças a dor dos pais. Porém, a criança é indissociável da família e, tal como a maioria dos mecanismos que adquire, ela aprende a lidar com os sentimentos vivenciando-os e, preferencialmente, junto dos seus pais, que são os seus modelos. O acto de partilharem os seus transmite-lhes a ideia de não serem os únicos a sofrerem com a situação, permitindo-lhes sentirem-se menos isolados e mais apoiados. Mais uma vez se pede honestidade em todo este processo, e tal verifica-se igualmente ao nível dos sentimentos, em que pais e filhos devem poder expressar livremente a tristeza que sentem, sendo esse o primeiro passo para o processo de adaptação à nova realidade.
Bilhete de Identidade: PAIS
O divórcio dos pais acarreta sempre sofrimento. Não obstante toda a dor causada, a nível emocional, todo o processo antes e depois da separação é mais relevante que o divórcio em si. Vários estudos demonstram que os filhos submetidos a relações conflituosas entre os pais, seja através de agressões verbais ou físicas constantes, ou mesmo casamentos caracterizados pela inexistência de comunicação, diálogo, centradas no silêncio, proporcionam com maior frequência crianças com problemas de comportamento e de socialização do que as cujos pais se divorciaram.
Em contrapartida, diferentes estudos apontam para que a existência de um bom diálogo entre os pais após o divórcio é um dos melhores predictores de ajustamento psicológico das crianças fruto de pais divorciados. Ou seja, só por si, o divórcio não é sinónimo de problemas emocionais nas crianças mas, todavia, é necessária a consciência que a parentalidade não termina (ou diminui) após o divórcio, verificando-se a necessidade de continuidade e estabilidade das relações afectivas com ambos os pais, e um adequado entendimento e respeito entre ambos os progenitores.
Pós-separação
Um homem e uma mulher podem divorciar-se um do outro, mas o mesmo não pode acontecer com os filhos. Separar o papel de marido e mulher do de pai/mãe é uma tarefa que os pais terão de encarar como decisiva na forma como a criança vivência o divórcio dos pais. Esse é um papel para a vida, e que deve ser aceite e cumprido com responsabilidade e amor por ambos os progenitores, antes, durante e após o processo de divórcio.
Muito embora todos os prejuízos causados por um divórcio, uma família só com a presença da mãe ou do pai pode facultar um ambiente mais saudável para o desenvolvimento de uma criança, do que a coexistência numa família em permanentes conflitos, caracterizada pala falta de comunicação e de amor.
A ruptura da família é encarada como um problema de difícil resolução para a maioria dos filhos, mesmo tendo em conta que geralmente se apresenta como a única solução para por termo a todo um cenário de conflitos e dor. Os filhos, envoltos em todo o processo, necessitam, por parte dos pais, de serem salvaguardados de todos os conflitos, discussões e disputas tão frequentemente associadas a este período.
A criança necessita de elaborar a sua dor, de adaptar-se a todas as alterações na sua realidade. Para que todo esse processo decorra de forma saudável, é preciso sentir que, apesar do divórcio, o seu amor pelos pais, e o destes por si não será posto em causa. Ela poderá gostar sempre dos dois e nunca terá de escolher entre eles, independentemente do progenitor que ficou com a sua custódia, e daquele que saiu de casa.
Na maioria das acções de divórcio, a custódia dos filhos é atribuída à mãe. Nestes casos, ou quando o inverso ocorre, é necessária a consciência que as crianças necessitam de contactos frequentes e regulares com ambos os progenitores. Para o seu desenvolvimento psicológico e social, as crianças precisam de possuir uma boa imagem do pai e da mãe, necessitam duma relação saudável, estável e positiva com ambos os progenitores.
Manutenção das rotinas
Tanto quanto possível, as rotinas diárias deverão ser mantidas (hora de acordar, deitar, ir para a escola, refeições, etc.). Este procedimento permite minimizar a sensação de intranquilidade e turbulência que caracteriza este período, consequência de todo o desmoronar da imagem familiar que a criança possuía. Estes actividade e rotinas permitem à criança a sensação de alguma normalidade no seu ambiente, transmitindo-lhes segurança e conforto.
É importante que as crianças se mantenham a frequentar a mesma escola mas, se tal não for possível, a manutenção das redes de contacto que possuía antes do divórcio (amigos, colegas de escola e outras actividades extracurriculares, etc.) é uma importante forma de obterem apoio de pessoas significativas, bem como possibilitar divertirem-se e esquecerem por momentos o momento difícil por que passam. No mesmo sentido, a família alargada (avós, tios, primos) poderá ser uma forte fonte de apoio, compreensão e, em muitos casos, oferecem modelos de organização familiar, em que a criança pode procurar compreensão e estabilidade.
Aos pais
Sumariamente, ao longo deste artigo, procurou-se realizar uma reflexão sobre a forma como as crianças sentem e vivenciam a separação dos pais e as suas repercussões psicológicas. Mas, fundamentalmente, procurou-se que, através duma maior consciencialização do sofrimento dos prejuízos emocionais a que as crianças estão sujeitas, os pais aceitem a responsabilidade do seu papel, e se consciencializarem de que é necessário esforço e discernimento, para colocar os interesses dos seus filhos acima dos seus próprios. Pede-se-lhes que assumam a parentalidade, e que desempenhem esse papel para a vida.
As explicações para este fenómeno são várias, podendo passar por um menor peso da Igreja e dos seus valores na sociedade actual, o desejo de felicidade e realização pessoal sobreposto ao respeito pelas tradicionais regras sociais, um regime imediatista de todo o tipo de consumo, entre outras causas. Mais do que analisar as inúmeras razões que motivam um casal para a tomada de decisão de viverem separados, é importante reflectir que, com frequência, quem mais sofre com todo o processo é quem não tem qualquer responsabilidade por ele: os filhos.
Este é inevitavelmente um momento difícil para uma criança, provavelmente até mesmo o mais difícil pelo qual terá de passar na sua infância. Porém, os pais têm um papel fundamental no processo de adaptação à nova realidade e na forma como elabora a sua perda. Não poderão evitar que a criança sofra, mas poderão minimizar esse sofrimento.
A separação
Para potenciar esse processo de acompanhamento e ajuda a uma criança na fase do divórcio, é necessário encará-lo como um acontecimento duradouro, como algo que surge de um casamento infeliz, que requer a separação física, e se prolonga pelo resto da vida, sendo necessário adoptar uma diferente organização e dinâmica familiar. Este é um processo muitas vezes longo, que envolve uma complexa cadeia de acontecimentos que se repercutem por muitos anos.
Um divórcio altera todo o conceito de família que a criança possuía, obrigando-a a confrontar-se com a inevitável saída de um dos progenitores de casa e, na generalidade das crianças, com a perda do contacto diário com o mesmo. Este é sempre um acontecimento doloroso para uma criança, que a marcará. O modo como um filho vivência esse período, bem como os sentimentos com que é confrontada, variam de criança para criança, consoante a sua personalidade, a dos pais, o seu género, a sua e idade e maturidade, entre vários outros factores.
A panóplia de sentimentos que a criança poderá sentir é enorme, sendo muito frequente sentir angústia, medo de perda, de abandono, culpa, raiva, negação, tristeza e ansiedade. Quando um progenitor abandona o parceiro, é comum a criança também se sentir abandonada, e com medo de perder a ligação com o elemento que sai de casa. A frequente batalha por parte das crianças para que os pais não se separem (realidade que a criança procura evitar a todo o custo) suscita sentimentos de impotência, bem como a apreensão de que a sua opinião, os seus desejos não são significativos, e que não é capaz de controlar algo tão importante para a sua vida.
Pré-divórcio
As crianças percepcionam muito mais do que podemos imaginar e, dependendo da sua idade, é comum que sintam quando o casamento dos pais está em crise. Apesar dessa percepção, é natural que possuam receio em fazer questões, provavelmente com medo do que possam ouvir. Não obstante esse silêncio, desde o momento em que os pais tomam a decisão irreversível de se divorciarem, é importante prepararem os seus filhos para o que se suceder. Desta forma os pais, em conjunto e, de forma sensata e calma, devem explicar aos filhos as alterações que irão ocorrer. O facto de estarem todos juntos permite à criança encarar esta situação como uma decisão mútua, acordada por ambos os pais, de forma madura e racional.
Com o cuidado de adequar a linguagem à idade e maturidade do filho, é importante explicar de forma clara toda a situação. Na maioria destas, as crianças não necessitam de relatos muito elaborados. Basta explicitar de forma simples o que é um divórcio, as mudanças que ocorrerão na vida dos pais e na dos filhos, em traços gerais, as razões do divórcio (evitando pormenores ligados a questões sexuais ou actos de infidelidade, caso estes ocorram). Aos filhos, poderá ser difícil compreender e aceitar essa nova realidade. Cabe aos pais, sempre que necessário, e com a devida paciência, voltar a repetir o anteriormente explicado, por outras palavras, as vezes que a criança sentir necessidade. Ela saberá transmitir quando tiver assimilado a nova informação, provavelmente elaborando uma nova questão.
É natural o surgimento de sentimentos de culpa, por parte das crianças, por se percepcionarem causadoras da separação dos progenitores. Aos pais, cabe explicar aos filhos que estes não são culpados da situação, antes pelo contrário, as crianças são o melhor que o casamento lhes trouxe. Importa esclarecer que já existiu amor entre os pais, tal deixou de se verificar, mas o amor pelos filhos irá manter-se para sempre, tal é impossível de mudar. Desta forma, além de estarmos a ajudar a criança a lidar com os sentimentos de culpa, estaremos a validar e a combater o medo de perder o amor dos seus pais, em especial o de quem sai de casa.
Ao se deparar com a notícia, o filho poderá ter dificuldades em aceitá-la como algo definitivo. É conveniente que os pais manifestem a firmeza e a irreversibilidade da decisão e, quando já planeada, informá-la da data concreta de saída de casa do pai/mãe. Mais uma vez, manifestem ao filho que não está no poder dela impedir essa separação, nem depende de si o reatamento da relação, é uma decisão dos pais, pela qual ele não é minimamente responsável.
É comum o casal procurar esconder os seus sentimentos, não só nesta, mas na maioria das situações penosas por que passam. Esse comportamento é legítimo e compreensível, pois parte do desejo de querer poupar às crianças a dor dos pais. Porém, a criança é indissociável da família e, tal como a maioria dos mecanismos que adquire, ela aprende a lidar com os sentimentos vivenciando-os e, preferencialmente, junto dos seus pais, que são os seus modelos. O acto de partilharem os seus transmite-lhes a ideia de não serem os únicos a sofrerem com a situação, permitindo-lhes sentirem-se menos isolados e mais apoiados. Mais uma vez se pede honestidade em todo este processo, e tal verifica-se igualmente ao nível dos sentimentos, em que pais e filhos devem poder expressar livremente a tristeza que sentem, sendo esse o primeiro passo para o processo de adaptação à nova realidade.
Bilhete de Identidade: PAIS
O divórcio dos pais acarreta sempre sofrimento. Não obstante toda a dor causada, a nível emocional, todo o processo antes e depois da separação é mais relevante que o divórcio em si. Vários estudos demonstram que os filhos submetidos a relações conflituosas entre os pais, seja através de agressões verbais ou físicas constantes, ou mesmo casamentos caracterizados pela inexistência de comunicação, diálogo, centradas no silêncio, proporcionam com maior frequência crianças com problemas de comportamento e de socialização do que as cujos pais se divorciaram.
Em contrapartida, diferentes estudos apontam para que a existência de um bom diálogo entre os pais após o divórcio é um dos melhores predictores de ajustamento psicológico das crianças fruto de pais divorciados. Ou seja, só por si, o divórcio não é sinónimo de problemas emocionais nas crianças mas, todavia, é necessária a consciência que a parentalidade não termina (ou diminui) após o divórcio, verificando-se a necessidade de continuidade e estabilidade das relações afectivas com ambos os pais, e um adequado entendimento e respeito entre ambos os progenitores.
Pós-separação
Um homem e uma mulher podem divorciar-se um do outro, mas o mesmo não pode acontecer com os filhos. Separar o papel de marido e mulher do de pai/mãe é uma tarefa que os pais terão de encarar como decisiva na forma como a criança vivência o divórcio dos pais. Esse é um papel para a vida, e que deve ser aceite e cumprido com responsabilidade e amor por ambos os progenitores, antes, durante e após o processo de divórcio.
Muito embora todos os prejuízos causados por um divórcio, uma família só com a presença da mãe ou do pai pode facultar um ambiente mais saudável para o desenvolvimento de uma criança, do que a coexistência numa família em permanentes conflitos, caracterizada pala falta de comunicação e de amor.
A ruptura da família é encarada como um problema de difícil resolução para a maioria dos filhos, mesmo tendo em conta que geralmente se apresenta como a única solução para por termo a todo um cenário de conflitos e dor. Os filhos, envoltos em todo o processo, necessitam, por parte dos pais, de serem salvaguardados de todos os conflitos, discussões e disputas tão frequentemente associadas a este período.
A criança necessita de elaborar a sua dor, de adaptar-se a todas as alterações na sua realidade. Para que todo esse processo decorra de forma saudável, é preciso sentir que, apesar do divórcio, o seu amor pelos pais, e o destes por si não será posto em causa. Ela poderá gostar sempre dos dois e nunca terá de escolher entre eles, independentemente do progenitor que ficou com a sua custódia, e daquele que saiu de casa.
Na maioria das acções de divórcio, a custódia dos filhos é atribuída à mãe. Nestes casos, ou quando o inverso ocorre, é necessária a consciência que as crianças necessitam de contactos frequentes e regulares com ambos os progenitores. Para o seu desenvolvimento psicológico e social, as crianças precisam de possuir uma boa imagem do pai e da mãe, necessitam duma relação saudável, estável e positiva com ambos os progenitores.
Manutenção das rotinas
Tanto quanto possível, as rotinas diárias deverão ser mantidas (hora de acordar, deitar, ir para a escola, refeições, etc.). Este procedimento permite minimizar a sensação de intranquilidade e turbulência que caracteriza este período, consequência de todo o desmoronar da imagem familiar que a criança possuía. Estes actividade e rotinas permitem à criança a sensação de alguma normalidade no seu ambiente, transmitindo-lhes segurança e conforto.
É importante que as crianças se mantenham a frequentar a mesma escola mas, se tal não for possível, a manutenção das redes de contacto que possuía antes do divórcio (amigos, colegas de escola e outras actividades extracurriculares, etc.) é uma importante forma de obterem apoio de pessoas significativas, bem como possibilitar divertirem-se e esquecerem por momentos o momento difícil por que passam. No mesmo sentido, a família alargada (avós, tios, primos) poderá ser uma forte fonte de apoio, compreensão e, em muitos casos, oferecem modelos de organização familiar, em que a criança pode procurar compreensão e estabilidade.
Aos pais
Sumariamente, ao longo deste artigo, procurou-se realizar uma reflexão sobre a forma como as crianças sentem e vivenciam a separação dos pais e as suas repercussões psicológicas. Mas, fundamentalmente, procurou-se que, através duma maior consciencialização do sofrimento dos prejuízos emocionais a que as crianças estão sujeitas, os pais aceitem a responsabilidade do seu papel, e se consciencializarem de que é necessário esforço e discernimento, para colocar os interesses dos seus filhos acima dos seus próprios. Pede-se-lhes que assumam a parentalidade, e que desempenhem esse papel para a vida.
29 comentários:
Muito interessante o blog.
Parabéns pelo blog, Bruno!
Sucesso.
abraços
Bruno...
Parabéns pela temática de seu blog... achei muito interessante mesmo... depois vc visite os meus www.aboasemente.blogspot.com e www.mgpacheco.blogspot.com .
O primeiro é um trabalho que desenvolvo para o meu grupo de oração e o segundo é uma espécie de retratos auto-biográficos em forma de poemas...
Considero que este blog, não é apenas mais um. É uma ferramenta muito útil para quem, como eu, trabalha com crianças. Ajudou-me a reflectir em determinados aspectos noutras perspectivas diferentes. Ôbrigada. Vou segui-lo de perto.
concordo com o que dizes e principalmente que é preciso muita sensatez em todo o processo por partes dos pais para minimizar a dor dos filhotes. Para que possam crescer a pensar que apesar do casamento dos pais ter falhado, o deles, se um dia optarem por isso,pode ser bem sucedido. bjs da té
Oi
Conhecendo o blog adora e adorando, já estou linkando ok.
Quanto ao divórcio posso falar por experiência... Meus pais são divorciados e meu marido é divorciado e tem um filho do primeiro casamento.
O que aprendi com minha vivencia nesse meio é que o mais importante é sempre respeitar os sentimentos das crianças e respeitar o tempo de adaptação de cada um.
Meus pais foram ótimos sempre e na separação também fizeram o possível para me manter longe dos problemas. As mudanças são inevitáveis mas podem ser vividas de uma maneira suave e bonita. Foi assim comigo e com meus pais.
Com meu enteado foi a mesma coisa, ele era pequeno e passou por muitas mudanças e eu soube respeitar os sentimentos dele, as vezes bem próximo de mim outras vezes mais distantes... e hoje somos muito amigos e vivemos muito bem juntos.
O importante pra mim foi saber respeitar o tempo dele e não exigir nada...
Agir naturalmente também é importante, não forçar o carinho nem a aproximação... fui eu mesma e ele foi ele mesmo sempre... aprendemos a nos amar assim, sem forçar a barra e sem querer mais do que o outro pode dar.
Eu graças a Deus tenho uma família unida e não penso em divórcio mas se um dia isso acontecer comigo espero que meus filhos possam passar por isso com o menor número possível de arranhões...
Não condeno nem aplaudo o divórcio, mas ele faz parte de nosso mundo e o que devemos fazer é trata-lo com o máximo de cuidado e atenção...
É isso...rs
beijos
Estou passando por uma separação... Mas meu maior temor é ver o sofrimento de minha filha. Ela tem apenas 1 ano e 3 meses, mas sabemos q toda criança, até mesmo nessa idade sente as coisas. Amo-a demais!!!! E graças à guarda compartilhda, depois de uma certa idade terei ela comigo metade do tempo.
Acho que, como diz o artigo, a presença dos pais é fundamental na criação dos filhos de pais separados. CLaro que o que queremos é que nesse processo houvesse uma maneira de extinguir totalmente o sofrimento de nossos filhos. Eu, como pai coruja e de primeira viajem, tenho isso como meu maior temor. Hoje faço terapia pra conseguir me divorciar sabendo não passar isso pra minha filhota.
Esse artigo me ajudou a ver algumas coisas, e reafirmar outras que imagino importantíssimas para que minha bebê não sofra ou nunca venha a pensar que isso é culpa dela ou que eu a amo menos por que me separei da mãe dela.
É isso pessoal..
Obrigado pelo artigo...
Abraços
Gostei muito do artigo! Continue, é importante para os pais receber informações que realmente nos ajudam.
Boa tarde:
Gosteimuito do seu blog. Os temas são muito interessantes. Gostaria de o colocar no meu blog.
PARABENS
Parabéns pelo blog!
Gostei do que visualizei.
Temos como ponto comum as crianças e edolescentes.
Será que posso linká-lo?
Um blog que marca a diferença!
Parabéns.
Equip@ do Enferm@gem Pedi@tric@
Podemos linkar o seu blog?
Resposta:enfermped@yahoo.com.br
OLÁ !!!!!
PASSEI PARA TE DESEJAR UM EXCELENTE FINAL DE SEMANA....
CÍNTIA MACIEL
Olá, nossa, que blog bonito!!! Adoraria sua visita... sempre é bom ter um amigo(a)!!! Faz bem a saúde não é? :)
Me visite sempre que sempre visitarei aqui!
OLÁ !!!!!
TEM UM SELINHO TODO ESPECIAL PRA VOCÊ NO MEU BLOG ....
BJOS MIL
CÍNTIA MACIEL
OLÁ !
TEM UM MIMO PRA VOCÊ NO MEU BLOG !!!!
BJOS MIL
CÍNTIA MACIEL
Parabéns pelo espaço. Temos em comum o gosto e fascínio pelas crianças... eu escrevo para elas. Vou voltar e convido-te a aparecer lá no meu canto.
Abraço,
Sónia
Ola!!!!!!!!!
gostei muito dos eu blog!!!!!!!!
lindo!!!!!!!!!
bjus
Olá Bruno!
Gostei do que vi aqui apesar de ainda não sobrar tempo para ficar mais. Voltarei com calma para comentar as postagens.
Olá! Como mãe e professora de Educ. Infantil vejo sua iniciativa de publicar assuntos do nosso universo emocional de forma muito positiva, pois uma palavra coerente nos ajuda a entender melhor certas situações. Parabéns!
Fantástico!!!
Já te mandei o e-mail que me solicitaste, e vim te conhecer.
Parabéns pelos artigos publicados, Vou utilizá-los muito no meu dia a dia, como mãe e educadora.
abraços
passeando pela net encontrei seu blog adorei seus textos sou professora e sempre busco coisas para enriquecer minha vida profissional e pessoal www.profetati.blogspot.com ou www.familiabudalarins.blogspot.com paraben s
O blog do Círculo Literário Barbarense espera a sua visita!!!
é um blog iniciante que pretende difundir o nome de escritores barbarenses pouco conhecidos!!!
Contamos como você para juntos espalhemos versos de Amor, parágrafos de realidade e compreensão!!!
Até!!
Costumo visitar o seu blog e nunca deixo um comentário, mas neste tema do divórcio achei por bem o fazer.
Também eu sou filha de pais separados. Um casamento que durou 23 anos e que tinha mais altos que baixos. Pensava em como era melhor ser filha única porque detestaria ter irmãos a sofrer o que eu sofria.
Os meus pais separaram-se tinha eu 22 anos e foi a melhor coisa que fizeram.
Todos temos a capacidade de aprender com as situações boas e menos boas e com os erros que cometemos.
Hoje, tenho uma óptima relação com os meus pais e ganhei, com a minha madrasta, uma segunda mãe e um mano lindo, o Alexandre que tem 2 aninhos e é o Sol do meu dia :-)
Infelizmente, como professora, vejo situações em que os pais colocam as crianças no meio das suas batalhas... Tenho 2 alunos de 4 e 5 aninhos , que são irmãos, em que um vive com o pai e o outro com a mãe. Assim, como se fossem dois bonecos: "tu ficas com este e eu com aquele". Não partilham a casa um do outro, não partilham a educação, não partilham as despesas, não partilham as festinhas, não partilham os amigos... Que será destes rapazes quando forem capazes de compreender o disparate dos pais?
Parabéns pelo blog,Bruno.
Tratas de assuntos interessantes que me podem ajudar quer a nível pessoal como profissional.
Um abraço.
Olá Bruno.
Deixei-te um desafio no meu blog.
Um abraço.
Ò meu divórcio é light - dou-me bem com o pai da coelhinha (com 3 anos e meio) e até continuamos a trabalhar juntos. O ´que não tem sido fácil é encontrar artigos e estudos sobre pais que se dão bem e os filhos em guarda conjunta + física alternada. Já sei q qdo os pais se dão mal é horrível... Mas e quando o objectivo é criar e manter um vínculo igualmente importante entre pai e mãe? Obrigada por este artigo: claro, simples, desdramatizado. Entretanto lá marcámos uma consulta com um pdopsiquiatra para perceber onde é que podemos fazer melhor. E, na minha modesta opinião de mãe feliz e realizada, o que importa mesmo é o amor. Estar lá, amar incondicionalmente, educar e dar todos os mimos do mundo (no bom sentido). Fiquem bem.
Gostei muito :)
Divorcio dos pais & reacçao dos filhos
O divorcio é sempre muito dificil para as crianças. Falo por experiencia propria. No meu caso, os meus pais separaram-se quando eu tinha cerca de 11anos de idade(agora tenho 16) e foram periodos muito dolorosos para mim. Isto foi tudo menos um divorcio comum. Muitas coisas aconteceram, entre elas, ver o meu pai bater na minha mae, gritar connosco por tudo e por nada chegando ao ponto de nos por a chorar, fechar-nos dentro de casa e nao nos deixar sair, perturbar os vizinhos deixando-os sempre muito preocupados connosco, arrombar a porta de onde a minha mae tava a viver, ir atras dela com uma pistola e ameaça-la, tirar-nos os telefones e o de casa para que nao pudessemos contactar ninguem, etc.. Eu, a minha mae e os meus 3 irmaos tivemos de fugir de casa. Durante muito tempo nao consegui dormir em paz. Chamadas durante todo o dia e noite, hora a hora, a minha mae a chorar aos berros ao telefone (ela atendia porque ele a ameaçava que se nao atendesse vinha atras de nós e ela com receio disso, atendia), vivemos momentos muito intensos de que neste momento nao sei como tive forças para aguentar. O meu pai sempre foi o problema nesta familia. Ficou doente antes do divorcio(culpando a minha mae) e nunca mais voltou a ser o mesmo. A minha mae entrou em depressao. E nos os filhos, estavamos a ir pelo mesmo caminho. O meu pai nunca quis saber de nos, ate ao momento em que viu que podia vir a lucrar connosco, ganhar dinheiro. (o meu avo materno é dono de uma empresa e ele sempre fez de tudo para lhe roubar o dinheiro). A minha mae sempre fez de tudo para que estivessemos bem, o meu pai o oposto, o objectivo de vida é por-nos todos malucos. A minha mae chegou a levar-nos a psicologos, mas os meus irmaos nao quiseram, e eu simplesmente nao era capaz de desabafar os meus problemas com uma desconhecida com quem nao tinha qualquer tipo de confiança, e provavelmente so me queria "ajudar" a desabafar pelo puro intresse de ganhar dinheiro. Penso que as crianças pensam desta maneira em relaçao aos psicologos e penso que alguem deveria(nao sei como), explicar as crianças quem eles sao realmente e que o objectivo deles é ajudar-nos.
TESTEMUNHO
Olá meu nome é Becky wayne de Reino Unido, eu nunca acreditar em feitiços de amor até que eu experimentar Dr. IGHODO ALTA templo, e depois ele lançou um feitiço de amor para mim , meu marido que me Ex e 2 de nossos filhos partiram para três anos me chamaram para se desculpar pela dor que ele me causou e até hoje estamos vivendo uma família feliz , se você precisa de um lugar certo para resolver os seus problemas em contato com DR IGHODO ALTA templo é a escolha certa. ele é um grande homem que foram feitiços com anos de experiência , e sua magia é absolutamente livre prejudicar . ele lançar feitiços para diferentes fins, como :
(1) Se você quiser que o seu ex-costas.
(2) se você sempre tem pesadelos.
(3) Você quer ser promovido em seu escritório.
(4) Você quer que as mulheres / homens a correr atrás de você.
(5) Se você quer um filho.
(6) [ Você quer ser rico.
(7) Você quer amarrar o seu marido / esposa para ser seu para sempre .
(8) Se precisar de ajuda financeira.
(9) cuidados Herbal
Contacte-lo hoje em: ighodohightemple@gmail.com é o único lugar todos os seus problemas podem ser resolvidos !
Atenciosamente ,
Becky wayne .106 leraltn
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